quinta-feira, 29 de abril de 2010

Ainda, em trânsito




Ainda, em trânsito
17 Novembro 2007 às 16:59

Pois é! Com a necessidade de renovar minha Carteira Nacional de Habilitação, como todo mundo agora, fiz meu cursinho no CFC e (re) aprendi umas coisinhas bem interessantes! Fiz o exame e passei, mas o que me embaralhou um pouco foi tentar ver nas ruas e na conduta dos motoristas (e pedestres) reais, um pouco de tudo aquilo que está aconselhado nos manuais de trânsito. E aí, pouca coisa combina! Tá escrito uma coisa e a gente faz outra!!!

As pessoas agem como se estar no trânsito fosse uma condição com o qual a gente já nasce e não precisa aprender, aprimorar e respeitar. Principalmente, os outros, claro! Nas ruas o que a gente mais vê é o que não deve ser feito; os motoqueiros são campeões – me desculpem os que são exceção à regra - mas parece que eles estudaram o manual pra fazer exatamente tudo que não é permitido. Quando acho um que respeita o trânsito, os pedestres, ou condutores e outros motoqueiros, fico querendo dar sinal pra ele encostar e me dar e-mail ou telefone. Pra mandar flores e parabéns! Aí eu penso: será que só eu é que estou vendo porque estudei o manual? Pode ser.

De qualquer forma, uma das coisas curiosas que estudei foi o comportamento dos motoristas – a tipologia. E´engraçado como sem querer, a gente vai se lembrando de alguém que já conhecemos – e somos os últimos a ser reconhecidos, evidente ! Divulgo aqui, para o leitor prestar atenção no que vai encontrar em trânsito... e ficar esperto!

Condutor Ansioso – caracterizado pela falta de concentração;
Condutor Angustiado – também possui falta de concentração e se sente desconfortável, tornando-se um risco no trânsito;
Condutor Frustrado – compensa suas decepções ao volante com atitudes agressivas e intolerantes;
Condutor Medroso – representa um risco se não for capaz de reagir normalmente diante de adversidades, mas pode ser positivo se possibilitar ao indivíduo a avaliação e gerenciamento dos riscos;
Condutor com Raiva – reage de forma insensata, perigosa, exagerada e descontrolada;
Condutor Egoísta – incapaz de qualquer gentileza ou cortesia (devido a auto-valorização), cria problemas no trânsito por não ter a capacidade de compartilhar adequadamente o espaço;
Condutor Inseguro – procura compensar sua insegurança realizando demonstrações de perícia;
Condutor Competitivo – encara o trânsito como local de competição, apesar deste ser totalmente inadequado para esta prática;
Condutor Agressivo – não tem dimensão dos riscos e conseqüências de seus atos, o que leva à imprudência e ocasiona acidentes graves;
Condutor Hostil – além de intolerante, costuma discutir e ser agressivo;
Condutor Eufórico – sujeito a variações de humor (“explosão de alegria”) provenientes de alterações hormonais, drogas, bebidas alcoólicas ou emoções fortes, costuma envolver-se em acidentes devido à imprudência e perda da concentração;
Condutor Introvertido – voltado para seu mundo interior, costuma cometer erros freqüentemente;
Condutor Impulsivo – geralmente não reflete sobre suas ações, o que o torna potencialmente um perigo que combina irresponsabilidade, imprudência e inconseqüência;
Condutor Passivo – não costuma assumir a responsabilidade em situações de trânsito;
Condutor Distraído – tem a atenção desviada por elementos como a música, conversa, objetos, etc. e pode expor-se desnecessariamente a riscos;
Condutor Apressado – está sempre atrasado e comete imprudências para ganhar tempo;
Condutor Pessimista – reage lentamente ou de forma inadequada, pois não tem ânimo e energia, podendo ocasionar vários acidentes;
Condutor Deprimido – caracterizado pela incapacidade emocional e tendência autodestrutiva pode envolver-se ou causar acidentes graves.

E o manual ainda diz: “É possível se encaixar ocasionalmente em um destes perfis. Por isso, é primordial procurar identificar esses comportamentos (pessoalmente e em outros condutores) para desenvolver estratégias mais responsáveis e assumir uma postura consciente e de maturidade.”

E todos esses aí, multiplicados por milhares, estão aí, comigo e com você, em trânsito. De agora em diante, ao ser vítima de um deles em vez de você se danar e perder a cabeça e a paciência, classifique o tipo e redobre a atenção (como aconselha o manual!) pra não agir igualzinho!


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